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sábado, 23 de outubro de 2010

Praça da Bandeira / Clóvis Beviláqua

PRAÇA DA BANDEIRA / CLOVIS BEVILÁQUA
A praça Clóvis Beviláqua já foi, em meados do século XIX, a Praça do Encanamento, quando se estendeu, desde o Benfica, o abastecimento d'água para a cidade, com a localização, ali, de chafarizes. Depois a Praça chamou-se Visconde de Pelotas, em virtude de decreto da Câmara dos Vereadores, numa homenagem ao herói da guerra do Paraguai, marechal José Antônio Correia da Câmara. Em 1930, na administração de Álvaro Weyne, a praça foi urbanizada no atual trecho e recebeu o nome de Praça da Bandeira, mas oficialmente só foi mudado em 1937, por decreto do então prefeito Raimundo de Alencar Araripe. Em 1959, na gestão do prefeito Cordeiro Neto, seu nome foi novamente mudado, passando a chamar-se Clóvis Beviláqua. O nome de Praça da Bandeira passou para a Praça do Colégio Militar.
Na foto antiga ainda não existia o prédio da Faculdade de Direito, que na época funcionava no andar térreo da Assembléia Legislativa, atual Palácio Senador Alencar, ocupado pelo Museu do Ceará. O prédio na praça só se inaugurou no dia 12 de março de 1938. A Assistência Municipal também ainda não existia e foi Inaugurada em 1939, tendo como diretor o Dr. José Ribeiro da Frota, que emprestou seu nome à atual casa de saúde de urgência, Instituto José Frota.
A terceira caixa d'água, a totalmente de concreto armado, foi construída na década de 60 e o coreto que vemos à distancia foi demolido. Já com o nome de Clóvis Beviláqua, aquela praça era muito bem arborizada, sendo depois, cortadas todas as árvores para construção de um reservatório d'água que ficou muitos anos ao abandono, só vindo a funcionar no final do século passado. Fruto da administração José Walter Cavalcante.
Em 1943 foi construído, com projeto do desenhista Rubens Diniz, um obelisco em homenagem aos Aliados da 2ª Guerra Mundial, o "Obelisco da Vitória". A iniciativa foi de estudantes da Faculdade de Direito, que promoveram um concurso no qual foi vencedor o desenhista acima citado. A colocação da estátua de Clóvis Beviláqua já é bem mais recente.
Pela foto moderna têm-se uma idéia das diferenças de época, como as caixas d'água que não mais vemos, a presença do prédio da Faculdade de Direito, a estátua de Clóvis Beviláqua, a caixa d'água subterrânea que impede o nascimento de árvores de grande porte e até pequenos jardins, bem como parte do espaço tomado pela estação da Cagece.
Como é comum em Fortaleza, os espaços públicos aos poucos vão sendo ocupados ou pelo poder público ou por particulares e o povo é quem perde por não ter a quem apelar. Esta praça, quando tinha o nome de Visconde de Pelotas, ia da Rua General Sampaio até a Senador Pompeu em sua largura e no comprimento ia da Rua Clarindo de Queiroz até a Rua Antônio Pompeu, atravessando a Rua Meton de Alencar. Primeiramente foram construídas as caixas d'água que ocuparam um espaço considerável do lado da Rua Antônio Pompeu. Depois veio a Faculdade de Direito que ocupou o restante da parte que ia até a Rua Meton de Alencar. Aos poucos a Faculdade foi tomando as laterais e o espaço entre ela e as caixas d'água. Depois a praça foi destruída, na administração Walter Sá Cavalcante, sendo nela feita uma caixa d'água subterrânea que a deixou sem arborização e sem função por mais de uma década.
 

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