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sábado, 23 de outubro de 2010

Rua General Bezerril

RUA GAL. BEZERRIL - ANTIGA RUA DOS QUARTÉIS
Na esquina da Rua dos Quartéis (atual Rua General Bezerril) com a Rua da Misericórdia (atual Rua João Moreira), existiu, por volta de 1876, a escola do professor Raimundo Vieira e na mesma casa morou depois o Dr. Pauleta. Vizinho à casa da esquina ficavam estas casas que vemos na foto antiga e que eram, até bem pouco tempo, as casas mais antigas de Fortaleza. As quatro casas fotografadas até a demolição, serviram de residências. A casa maior, que vemos por trás, era o consulado britânico em Fortaleza. Esta foto foi publicada na revista "Cruzeiro", em artigo de Gustavo Barroso.
Sendo as casas mais antigas da cidade, situadas no início da primeira rua que teve a cidade, bem que poderiam ter sido conservadas, se aqui fosse uma terra de cultura, até para chamariz turístico, já que a cidade muito pouco tem a ser mostrado ao turista.
A Segunda foto mostra o que ficou no local, o prédio da esquina e um muro com terreno para estacionamento. Ao fundo, vê-se os prédios do centro da cidade.
A terceira foto, atual, colhida por Osmar Onofre, mostra um prédio de linhas modernas, que serve hoje de sede ao "Hotel Caxambu".
Para os que ainda não sabem, o local fica por trás de onde foi o Forum Clóvis Beviláqua que já não existe - foi implodido. Na esquina, prédio que serviu de anexo ao Fórum e que hoje se encontra em reforma. Ao longe vemos uma banca de jornais e revistas e em primeiro plano uma estaca formando uma cerca em redor da Praça Caio Prado (da Sé) que encontra-se em obras.
O restante do quarteirão antes ocupado por diversos sobrados, inclusive o do Hotel Bitu, está hoje somente com pedaços de muros mal cuidados que só enfeiam a cidade, com alguns estacionamentos e um mercado de rendas e bordados tipo "beco da poeira".
Rua General Bezerril - O Oitizeiro do Rosário
Existiram árvores famosas em Fortaleza, como o "cajueiro do Fagundes", o "cajueiro da mentira" ou "cajueiro botador". Hoje a única é o "baobá do Passeio Público".
O oitizeiro do Rosário ou do Instituto do Ceará ficava na Rua General Bezerril, por trás da igreja do Rosário, na esquina com a Rua Guilherme Rocha. Sua derrubada foi decretada em 1862, pela Câmara Municipal, quando do alinhamento das ruas, mas foi sustada pelo desembargador Jerônimo Martiniano Bandeira de Melo.
Em 1912 houve nova ameaça, mas a árvore escapou graças ao protesto popular e da imprensa. Mas em 1929 o prefeito Álvaro Weyne mandou derrubá-lo e a foto é do momento da derrubada. Vemos uma escada encostada e um operário em um dos galhos. Houve protestos por parte da população, mas desta vez de nada adiantaram.
Pode-se observar que o prédio do lado direito é o mesmo, o que não acontece com o da esquerda, que foi demolido e em seu lugar foi levantado o atual, do Banco de Fortaleza - Banfort. Antes, o velho prédio já abrigava o Crédito Popular São José, Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Ltda., fundada em 1920 sob a responsabilidade do Arcebispado de Fortaleza, transformando-se, em 1939, em Banco Popular de Fortaleza S/A.
Dos prédios que ficam mais distantes, desapareceram todos os antigos, existindo hoje os chamados "espigões" rumo ao Infinito.
As ruas de hoje, já não são mais destinadas aos carros, mas transformadas em calçadões, onde transitam apenas pedestres. A árvore que vemos não é um pé de oiti e nem fica no mesmo local da antiga.
O oitizeiro do Rosário bem que poderia ainda hoje conviver com os transeüntes.

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